Passageiros enfrentam transtornos para viajar de avião na manhã de hoje (3) em razão da greve dos aeronautas e aeroviários, programada para 12 aeroportos do país entre as 6h e as 8h. Na capital paulista e no interior, os terminais de Congonhas, Guarulhos e Viracopos tiveram ao menos 13 voos cancelados até as 7h30.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), das 19 decolagens programadas entre as 6h e as 7h30 em Congonhas, 12 foram canceladas e quatro estavam atrasadas. Funcionários fazem um protesto no saguão. A GRU-Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, informou em seu último boletim, atualizado às 7h30, que dos 87 voos programados um foi cancelado e duas decolagens e dois pousos sofreram atraso.

No aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, interior paulista, nenhum avião decolou entre as 6h e as 7h30. Ao menos dez voos estão atrasados. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), as empresas aéreas TAM, Gol e Avianca vão flexibilizar as regras para a remarcação de voos, a fim de não prejudicar os passageiros.

A TAM informou que não cobrará as taxas de remarcação e diferença de tarifas para os passageiros com voos domésticos agendados entre as 6h e as 18h de hoje ou voos internacionais entre as 6h e as 8h. Os clientes podem adiar suas viagens em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade. A empresa ofereceu também o reembolso dos bilhetes tanto para voos domésticos quanto internacionais.

A Gol pede que os passageiros entrem em contato com a central de atendimento, pelo telefone 0300 115 2121, para verificar a situação do voo. A companhia ofereceu remarcação das viagens, sem taxas, ou reembolso integral das passagens. “A GOL ressalta que não está medindo esforços para normalizar a situação o quanto antes e vem adotando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos aos clientes”, diz a nota.

A Avianca comunicou que os clientes poderão remarcar as viagens com isenção de taxas, mediante disponibilidade de assentos.

Reajuste salarial

As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado e não retroativo à data-base - dia 1º de dezembro. Os trabalhadores reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lamentou a greve. “O setor reconhece e respeita o direito de manifestação, mas lamenta o caminho escolhido em prejuízo dos passageiros. Em qualquer circunstância, as companhias aéreas estarão mobilizadas em prestar assistência aos clientes e a fazer todo o possível para minimizar os eventuais transtornos”.

Fonte: Agência Brasil