O número de vítimas civis, resultante do conflito afegão, atingiu novo recorde durante a primeira metade de 2015, com 1.592 mortos e 3.329 feridos, anunciou hoje (5) a Organização das Nações Unidas (ONU).

No relatório semestral publicado hoje, a Missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) registou queda de 6% no número de mortes no primeiro semestre de 2014, mas aumento de 4% no número de pessoas feridas no combate contra os rebeldes, em ataques e assassinatos.

No total, o número de vítimas do conflito aumentou 1% em relação ao ano passado, registando 4.921 pessoas mortas e feridas. Esse número, atingido sete meses após o fim da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, é o mais elevado desde 2009, ano em que começaram as estatísticas e o surto de violência no país.

De acordo com o relatório, os conflitos em terra entre os insurgentes e as forças de segurança afegãs são a principal causa de morte e de ferimentos, representando 70% do número total.

“As frias estatísticas sobre as mortes de civis não refletem o horror da violência no Afeganistão”, afirmou o chefe da Unama.

Desde dezembro passado e do fim da missão de combate da Otan, o Exército afegão e as forças policiais estão enfrentando sozinhos os combatentes islâmicos, principalmente os talibãs.

No Afeganistão encontram-se ainda cerca de 13 mil tropas estrangeiras, mas a sua missão limita-se à formação dos afegãos.

Fonte: Agência Brasil