Ataque a hotel de luxo na capital da Líbia deixa pelo menos três mortos
27 de jan de 2015 - 13:15h Pelo menos três pessoas morreram hoje (27) e cinco ficaram feridas em um ataque a um hotel de luxo em Trípoli, capital da Líbia, informou Issam Al Naas, porta-voz da segurança do país. O prédio está cercado por forças de segurança.
De acordo com o centro norte-americano de vigilância de sites islâmicos, a corrente líbia do movimento jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. Não foi possível confirmar a informação com as autoridades líbias.
A capital da líbia é controlada pela Fajr Líbia, uma poderosa coligação de milícias que instalou um governo paralelo em Trípoli, depois de ter derrubado o Poder Executivo reconhecido pela comunidade internacional.
Issam Al Naas disse que quatro homens detonaram explosivos que estavam em um veículo em frente ao Hotel Corinthia e depois entraram no estabelecimento, matando a tiros dois membros das forças de segurança. Também feriram três funcionários.
Um terceiro integrante da segurança líbia morreu na explosão do veículo, enquanto dois funcionários do hotel, de nacionalidade filipina, ficaram levemente feridos ao serem atingidos por estilhaços de vidro, na sequência da explosão.
Até o momento, não foi possível saber se ainda há funcionários ou hóspedes. O Corinthia foi, durante algum tempo, sede de encontros de várias missões diplomáticas e do governo líbio. As forças de segurança mantêm os jornalistas a cerca de 100 metros de distância do hotel, situado no centro da capital.
A corrente líbia do Estado Islâmico reivindicou a autoria de vários ataques na Líbia, que enfrenta uma crise desde a queda de Muammar Kadhafi, após oito meses de revolta em 2011.
Numa primeira reação ao ataque ao hotel, a representante da diplomacia europeia, Federica Mogherini, classificou-o de "ato de terrorismo censurável, que atenta contra os esforços para restabelecer a paz e a estabilidade no país", em alusão às negociações que ocorrem em Genebra.
Nas mãos das milícias de ex-rebeldes, que disputam o território e a riqueza petrolífera, o país é dirigido por dois Parlamentos e dois governos rivais, um próximo da Fajr Líbia e outro reconhecido pela comunidade internacional.