Manifestação contra crise hídrica fecha vias da capital paulista
06 de nov de 2014 - 08:18h Uma manifestação fechou a Avenida Paulista, região central de São Paulo, na noite de ontem (5), para protestar contra a crise hídrica que atinge o estado. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o grupo saiu da altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiu no sentido da Rua da Consolação, interrompendo o tráfego.
O manifesto que convocou o ato, no Facebook, critica a falta de ações do Poder Público em relação ao tema. “A situação é feia, mesmo com as chuvas que caíram segunda-feira (3) e continuaram caindo, pois o assoreamento dos mananciais é crítico. É necessário mais de uma semana de chuva direta para os reservatórios começarem a armazenar água e voltarem a subir, enquanto isso o povo vem sofrendo com o descaso e ainda com a falta de compromisso do estado”, ressalta o texto.
A organização do protesto pede ainda mais investimentos no sistema de fornecimento, como forma de evitar o desperdício. “Alertamos que mesmo se persistirem as chuvas, se não houver investimentos e manutenção para evitar o rompimento de adutoras e encanamentos, que perdem muita água, as coisas vão só piorar, e por isso temos de exigir respeito”, acrescenta o texto.
Ontem (5), o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu para 11,8% da capacidade total, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Cantareira retoma, assim, o ritmo de queda, mesmo com a chuva que atingiu São Paulo na madrugada de hoje. O nível havia ficado estável em 11,9%, terça (4) e segunda-feira.
Como principal sistema de abastecimento de água de São Paulo, o Cantareira atende a 6,5 milhões de pessoas na capital e os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, São Caetano, Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André, na região metropolitana. A água do Sistema Cantareira é distribuída também a uma população de 5 milhões de pessoas nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.