O ato, promovido pela Força Sindical, para marcar o Dia do Trabalho reuniu milhares de pessoas na Praça Campo de Bagatelle, em Santana, zona norte da cidade. Pelo menos 250 mil pessoas participaram dos eventos, segundo a Polícia Militar. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, elencou as principais reivindicações do ato. “Pela valorização do salário mínimo, o fim do fator previdenciário, uma política de valorização do aposentado, o fim das terceirizações, uma política de 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para educação. Essas são as nossas bandeiras”. Miguel Torres criticou o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff feito quarta-feira(30), em que anunciou a correção da tabela do Imposto de Renda. “Nós temos uma defasagem de 68% na tabela do Imposto de Renda. Ontem, ela [Dilma] reajustou em 4,5%, o que não é nem a inflação deste ano”, disse.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou do ato. Para o senador, da oposição, o pronunciamento teve caráter eleitoral e a correção anunciada também é insuficiente. "As medidas que ela [presidenta Dilma] anuncia vêm na direção daquilo que já vínhamos defendendo há muito tempo. O reajuste não atende ao crescimento inflacionário", disse. No pronunciamento, Dilma Rousseff não informou o percentual de correção. Já a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que a taxa será 4,5%.

O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) também esteve no evento e defendeu mais diálogo entre os sindicatos e o governo. "O movimento sindical reclama muito do baixo diálogo com o governo brasileiro. O Brasil precisar ter diálogo, diálogo com empresários, com os sindicalistas, porque o diálogo é fundamental, ouvir a verdade, ouvir as críticas".

Já o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, assegurou que a correção do imposto de renda "tem sido permanente". "Com muita segurança, olhando nos olhos de vocês, podemos garantir que seguiremos lutando pelos trabalhadores. Nós estamos na luta todos os anos".

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, destacou que o país "vive o melhor momento" para os trabalhadores e que não há indícios de aumento do desemprego. Para ele, o Brasil vai agilizar a criação de vagas e deve investir na qualificação profissional.

Fonte: Agência Brasil