A produção de petróleo na África Subsaariana deverá ultrapassar os 6 milhões de barris por dia em 2020, sendo que a Nigéria e Angola permanecerão como os principais produtores.

Segundo o relatório Africa Energy Outlook, da Agência Internacional de Energia (EIA) - o primeiro dedicado à energia na região -, "a produção de petróleo sobe para mais de 6 milhões de barris por dia em 2020, mas depois cai para 5,3 milhões em 2040", ficando Angola e a Nigéria como os produtores principais, "apesar de Uganda e do Quênia aumentarem a produção na década de 2020".

O trabalho, que faz extensa análise do setor energético no continente, destaca, no capítulo das previsões mais genéricas, que "a produção de gás aumentará para 230 bilhões de metros cúbicos [m³] em 2040, liderada pela Nigéria e pela expansão da produção em Moçambique (60 m³ em 2040), Angola e na Tanzânia (cada um com 20 m³)".

As exportações de petróleo, que representam a maioria da produção africana, vão se concentrar nos mercados asiáticos, prevê a EIA, antecipando que as exportações líquidas devem cair para cerca de 3,8 milhões de barris por dia em 2040, em parte devido ao aumento da capacidade de refino e do aumento do consumo no continente.

Os analistas da EIA preveem também o aumento de gás natural liquefeito (LNG) para 100 m³ em 2040, por Moçambique e pela Tanzânia, "o que representa 17% do comércio intrarregional de LNG". Juntamente com a África do Sul, Moçambique deve se tornar um dos exportadores-chave de carvão.

Em geral, o documento da EIA estima que o sistema de energia na África Subsariana deve se expandir rapidamente nos próximos 25 anos, com a economia a quadruplicar de tamanho, e a população quase a duplicar, para 1,75 bilhão de pessoas. A procura por energia deve crescer 80%.

Fonte: Agência Brasil