Grupos pró-democracia em Hong Kong planejam para hoje (10) manifestação de força depois de as negociações com o governo terem sido canceladas e parlamentares norte-americanos terem pedido que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressione Pequim.

No final da tarde de quinta-feira (9), o governo de Hong Kong, por meio da secretária-chefe do Executivo da Região Administrativa Especial chinesa, Carrie Lam, desmarcou o encontro previsto para a tarde de hoje com os grupos pró-democracia, culpando os estudantes da decisão por incitarem o aumento dos protestos se as suas exigências não fossem aceitas. A decisão aprofundou a crise política na antiga colônia britânica.

Os manifestantes têm ocupado as ruas de Hong Kong desde o dia 28 de setembro. Eles exigem uma eleição totalmente democrática para o próximo chefe do Executivo do território.

Embora o número de manifestantes tenha diminuído nos últimos dias, é esperado que no final da tarde muitos jovens e apoiadores do movimento se concentrem nos vários locais de protesto.

Parlamentares norte-americanos condenaram, em seu relatório anual, os direitos humanos na China e fazem crítica a Hong Kong. "Hong Kong sofreu um grande retrocesso no seu desenvolvimento democrático depois de a China ter descartado uma eleição justa para o chefe do Executivo em 2017", disse o senador Sherrod Brown, presidente da Comissão Executiva do Congresso.

Ele defendeu que Barack Obama deva pressionar o presidente chinês Xi Jinping diretamente sobre as questões de Hong Kong quando os dois líderes se reunirem em Pequim em novembro.

A posição norte-americana vai contra alerta feito pelas autoridades chinesas a todas as missões diplomáticas acreditadas em Hong Kong por meio do qual reforçou a necessidade de os seus funcionários se manterem afastados de qualquer forma de protesto.

Fonte: Agência Brasil