Ebola já matou mais de mil pessoas na África, informa OMS
12 de ago de 2014 - 16:11h epidemia de ebola que atinge a África Ocidental já matou mais de mil pessoas, de um total de 1.849 casos de infecção, segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizado na noite de ontem (11). Os primeiros casos foram identificados em março, em áreas próximas a florestas do Sul da Guiné, com a morte de 59 pessoas. Especialistas não conseguiram identificar o vírus na origem do surto, cujos sintomas começaram a surgir seis semanas antes do resultados de exames, feitos na França.
Acompanhe a cronologia sobre a doença:
Março - No dia 27, é registrado o contágio pelo vírus na cidade de Conacri, capital guineense. Quatro dias depois, a Libéria confirma os dois primeiros casos da doença no país.
Abril - No começo do mês, equipes médicas internacionais começam a chegar à Guiné. No dia 8 de abril, a OMS assume que esse surto de febre hemorrágica é o “maior desafio” para os trabalhadores da área de saúde desde que a doença mortal surgiu no Zaire, atual República Democrática do Congo, há cerca de 40 anos.
Maio - No final do mês, Serra Leoa confirma a primeira morte no país. Um mês depois, a OMS diz que a escalada do ebola em Serra Leoa, na Libéria e na Guiné se dá pela “pouca seriedade” com que foi encarado o combate ao vírus na comunidade internacional.
Junho - No dia 23, a organização Médicos sem Fronteiras afirma que o surto está “fora de controle”, com mais de 60 pontos de grande concentração de casos divididos nos três países africanos.
Julho - No início do mês, a OMS alerta que o surto pode continuar por “vários meses”. No dia 25, é registrado o primeiro caso de ebola na Nigéria, país mais populoso de África. Um cidadão proveniente da Libéria morre, em quarentena, na cidade de Lagos, capital nigeriana. A partir de então, o país coloca todos os portos e aeroportos em alerta. Dois dias depois, uma a mulher morre em Freetown, Serra Leoa. No dia 30 de julho, a organização Médicos Sem Fronteiras alerta para o risco de contágio em outros países. A Libéria anuncia o fechamento de todas as escolas. No dia seguinte, Serra Leoa declara “estado de emergência”. No começo de agosto, autoridades de Serra Leoa, da Guiné e Libéria anunciam o isolamento do “epicentro do surto”.
Agosto - No dia 4, autoridades nigerianas informam que um médico em Lagos, no sudoeste do país, contraiu o vírus após tratar um paciente, fazendo dele o segundo caso na segunda maior cidade da África Subsaariana. Com o agravamento do surto, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, apela aos cidadãos para combaterem o vírus em conjunto. Restaurantes, bares e outros estabelecimentos fecham as portas. No dia 5, o Banco Mundial disponibiliza cerca de US$ 200 milhões para ajudar a conter o ebola enquanto a maioria dos líderes africanos se encontra, em Washington, nos Estados Unidos. Os presidentes da Libéria e de Serra Leoa decidem não participar do encontro.
Uma missionária americana, infetada na Libéria, chega aos Estados Unidos, e é levada para o mesmo hospital onde outro norte-americano, também infetado com o vírus, recebe tratamento. Em ambos, foi administrado um medicamento experimental contra o vírus que ainda não tinha sido testado em humanos.
No dia 8, a OMS decreta o surto uma "emergência de saúde pública mundial" e pede uma "respostas internacional coordenada". Na ocasião, a Nigéria decreta estado de emergência de saúde, juntando-se à Libéria e Serra Leoa.
No dia 7, um padre e uma freira espanhóis, infectados com o vírus na Libéria, são transportados para Madri de avião e ficam isolados no hospitaI. Dois dias depois, uma freira congolesa que trabalhava com o padre espanhol morre com ebola na Libéria.
No dia 11, oito profissionais de saúde chineses são postos em quarentena em Serra Leoa. Um dia depois, o comitê de peritos da OMS aprova o uso de tratamentos experimentais. O padre espanhol Miguel Pajares, que chegou à Espanha vindo da Libéria no dia 7, morre, após tratamento com o medicamento experimental. Hoje, foi anunciado que as reservas do medicamento experimental se esgotaram após os estoques terem sido enviados para a África Ocidental.